Monique Edelstein
Desde o começo dos tempos a humanidade busca se juntar em grupos, pequenos ou grandes, para obter um objetivo em comum.
Na era das cavernas, quando saiam à caça, os homens formavam pequenos grupos, ou mesmo duplas, para obter o alimento de suas famílias ou tribos ou, usando um termo mais atual, para sua comunidade.
Uma torcida é formada por um enorme numero de pessoas que tem como objetivo empurrar seu time a vitória. Isto é um grande grupo.
Há ainda o grupo imenso que é uma Escola de Samba, que tem o objetivo de ser eleita a melhor do ano em uma única apresentação, não há segunda chance.
Já o time, por sua vez, é formado por um menor número de pessoas com um mesmo objetivo.
Nos três casos podemos observar que há a união de pessoas para a obtenção de um mesmo objetivo, mas cada uma com suas habilidades e forma de atuação especifica.
No pequeno grupo já é possível notar uma divisão de papéis, aquele com melhor mira, aquele com melhor audição e assim por diante, não se aventurava sair sozinho, pois era perigoso. O grupo tinha como principal função a segurança de seus integrantes.
No torcida, por exemplo, não há divisão alguma, não há ordem, impera a desordem e ausência de liderança. O indivíduo se torna invisível quando no meio da multidão. Está lá atuando de forma passiva (embora não pareça), pouco pode efetivamente fazer para garantir o objetivo.
Já na Escola de Samba, apesar do seu tamanho, há ordem, há divisão de papéis, há organização e cada um carrega dentro de si o desejo de se consagrar campeão e atua como responsável por tal. Sua ação é diretamente responsável por cada ponto que a Escola irá obter.
No time de futebol, um número menor de pessoas com papéis bem definidos, cada um fazendo aquilo que faz melhor em uma posição estabelecida. Estas posições e papéis foram desta forma estabelecidos porque cada integrante foi avaliado e este é o seu melhor, desde o carregador dos uniformes até o atacante, cada um tem um papel claro e definido sobre o que deve ser feito. O objetivo é o mesmo. Todos compartilham do mesmo desejo e sonho da vitória.
Será que nos dedicamos tanto quanto deveríamos, para a estruturação destas equipes, quando montamos equipes de trabalho? Será que avaliamos cuidadosamente as pessoas que contratamos ou que promovemos? Será que elas são capazes de atuar em time? Quem determina o papel que irão cumprir sabe dizer com certeza se há habilidade para a realização da tarefa?
Equipes hoje são muito mais um grupo de pessoas brigando para se defender de possíveis falhas do que um time jogando para ganhar.
A formação de equipes é a base para o seu sucesso, não posso pretender que algo para o qual não dediquei atenção e esforço necessário irá gerar os resultados que eu pretendo.
Pessoas podem e devem ser desenvolvidas, mas é preciso que haja potencial para isso. Nem todos são bons nas mesmas tarefas e alguns se superam onde ninguém imaginava.
O primeiro passo para o resultado esperado é sem dúvida a formação de uma equipe consistente, consciente de suas funções e principalmente dos objetivos estabelecidos.
Para formar uma equipe é fundamental que se saiba o que se espera dela, somente desta forma saberemos quais as competências necessárias e poderemos estabelecer quem irá compor este time. Não confunda objetivo com tarefa, são duas coisas completamente distintas.
Objetivo, por exemplo, é onde queremos chegar, com que qualidade queremos concluir cada processo, qual o volume de crescimento que desejamos atingir, etc.
Atividade, por exemplo, é manter a limpeza, cumprir tarefas no tempo certo, etc.
Há um ditado antigo que diz: Se não sei para onde vou, qualquer direção serve.
Reflita se a sua direção está determinada, se os seus colaboradores sabem qual direção seguir e principalmente se você sabe quem pode e deve fazer o que na equipe hora em desenvolvimento.
O que é Coaching e como pode me ajudar?
O Coaching é um processo com começo, meio e fim, fundamentado em bases teóricas consistentes validadas cientificamente, suportado por ferramentas e metodologia. Trata-se de uma relação de parceria entre o Coach (profissional especializado) e o Coachee (a pessoa interessada em se desenvolver), onde o Coach faz o papel daquele que instiga o Coachee a refletir e encontrar as respostas que necessita para evoluir em suas aspirações, sejam elas em quais áreas forem.
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02 junho, 2009
01 junho, 2009
Onde estão se formando os futuros lideres?
Monique Edelstein
Onde estão se formando aqueles que ocuparão as cadeiras da liderança num futuro próximo?
A) Nos bancos das melhores Universidades do País?
B) Nos bancos das melhores escolas do País?
C) Em suas casas?
D) Nas danceterias e baladas?
Quem está formando estes futuros líderes?
A) Os professores de escolas renomadas?
B) Os motoristas ou babas ou arrumadeiras?
C) Os pais?
D) Os colegas?
Pois é! Nossos futuros lideres ainda são quase adolescentes ou quanto muito jovens adultos, muito jovens adultos.
Na configuração atual de nossa civilização, onde pai e mãe tampouco obtiveram lá muitas orientações e, portanto, não estão preparados para dá-las. Onde ambos trabalham exaustivamente para pagar a formação de seus filhos. Onde ambos sentem-se drenados em sua energia e o mais fácil é concordar do que argumentar. Onde nota-se claramente que pessoas estão perdidas, não tem a menor idéia de qual rumo seguir.
Lá atrás quando escolheram suas carreiras, o fizeram baseados em premissas muito mais externas a si mesmos do que de fato em atenção a um sonho ou desejo de realização.
Não havia sentido para tal, e, afinal de contas, “sonho não paga conta nem sustenta família”. “Olhe para seu pai, que carreira brilhante”, ou então, “olhe para seu pai, se matou a vida toda para lhe dar um estudo e agora você quer ser XXXX” (qualquer coisa que você sonhava diferente deles).
Será que estamos repetindo o papel de nossos pais, será que alguma vez paramos para pensar como seria diferente termos seguido um sonho? Mesmo que você tenha realizado uma carreira brilhante e seja reconhecido. E se você tivesse corrido atrás de seu sonho? Provavelmente teria obtido o mesmo o maior sucesso.
Voltemos aos nossos futuros líderes.
Quem está cuidando deste futuro? As notas em matemática estão ótimas, já em história nem tanto. Mas ele vai passar no vestibular, do que mesmo??? Será que é isso que ele vai fazer bem? Ele será um profissional capaz de liderar uma equipe em direção a uma meta estabelecida?
Na vida profissional as respostas não estarão em um livro. Que recursos internos ele possui que o habilitem a decidir, a fazer escolhas, a comandar uma empresa?
A hora de pensar o amanhã é agora, eu preciso pensar no cuidado com a semente se eu quiser colheita saudável em todos os níveis da vida desta pessoa. Não basta sucesso na carreira à custa de fracasso na vida pessoal.
Qual a base que está se formando para este futuro líder? Ele tem alguma percepção de como será seu futuro enquanto profissional? Ele sabe quais são suas limitações e como eliminá-las? Ele tem recursos internos consistentes para tomar decisões?
Onde estão se formando aqueles que ocuparão as cadeiras da liderança num futuro próximo?
A) Nos bancos das melhores Universidades do País?
B) Nos bancos das melhores escolas do País?
C) Em suas casas?
D) Nas danceterias e baladas?
Quem está formando estes futuros líderes?
A) Os professores de escolas renomadas?
B) Os motoristas ou babas ou arrumadeiras?
C) Os pais?
D) Os colegas?
Pois é! Nossos futuros lideres ainda são quase adolescentes ou quanto muito jovens adultos, muito jovens adultos.
Na configuração atual de nossa civilização, onde pai e mãe tampouco obtiveram lá muitas orientações e, portanto, não estão preparados para dá-las. Onde ambos trabalham exaustivamente para pagar a formação de seus filhos. Onde ambos sentem-se drenados em sua energia e o mais fácil é concordar do que argumentar. Onde nota-se claramente que pessoas estão perdidas, não tem a menor idéia de qual rumo seguir.
Lá atrás quando escolheram suas carreiras, o fizeram baseados em premissas muito mais externas a si mesmos do que de fato em atenção a um sonho ou desejo de realização.
Não havia sentido para tal, e, afinal de contas, “sonho não paga conta nem sustenta família”. “Olhe para seu pai, que carreira brilhante”, ou então, “olhe para seu pai, se matou a vida toda para lhe dar um estudo e agora você quer ser XXXX” (qualquer coisa que você sonhava diferente deles).
Será que estamos repetindo o papel de nossos pais, será que alguma vez paramos para pensar como seria diferente termos seguido um sonho? Mesmo que você tenha realizado uma carreira brilhante e seja reconhecido. E se você tivesse corrido atrás de seu sonho? Provavelmente teria obtido o mesmo o maior sucesso.
Voltemos aos nossos futuros líderes.
Quem está cuidando deste futuro? As notas em matemática estão ótimas, já em história nem tanto. Mas ele vai passar no vestibular, do que mesmo??? Será que é isso que ele vai fazer bem? Ele será um profissional capaz de liderar uma equipe em direção a uma meta estabelecida?
Na vida profissional as respostas não estarão em um livro. Que recursos internos ele possui que o habilitem a decidir, a fazer escolhas, a comandar uma empresa?
A hora de pensar o amanhã é agora, eu preciso pensar no cuidado com a semente se eu quiser colheita saudável em todos os níveis da vida desta pessoa. Não basta sucesso na carreira à custa de fracasso na vida pessoal.
Qual a base que está se formando para este futuro líder? Ele tem alguma percepção de como será seu futuro enquanto profissional? Ele sabe quais são suas limitações e como eliminá-las? Ele tem recursos internos consistentes para tomar decisões?
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Onde se aprende a liderança?
Monique Edelstein
Desde pequenos desenvolvemos formas de obter aquilo que queremos.
O bebe chora, a criança faz birra, a menina bonita usa do seu charme, o menino esperto usa de sua astúcia, e assim, cada um vai treinando uma diferente forma de chegar onde quer.
Alguns têm maior tendência ao comando e alguns preferem seguir, natural, ainda bem que temos as duas frentes, alguém precisa fazer. Uma idéia não é nada até que se transforme em algo palpável.
Já repararam que crianças são muito mais comportadas com estranhos do que com os pais?
Seu filho vai dormir na casa do amigo e você se espanta quando a mãe do amiguinho diz que ele se comportou muito bem!
O que isso significa? Pare para pensar. Seu filho sabe como lidar com situações e como tirar delas o que deseja.
E assim ele vai crescendo e desenvolvendo seu banco de dados de soluções para o futuro. E são estas soluções que ele aplicará em sua vida adulta, com o repertório de palavras e ações pertinentes (às vezes não tão pertinentes assim!!)
Quando adultos fazemos exatamente o que fazíamos quando crianças apenas de uma forma mais adaptada ao ambiente. Se você olhar bem de perto vai ver aquela menininha usando seu sorriso que derretia o coração do Papi, num formato que atende às demandas do ambiente e adaptando algumas ações.
A maneira como lidamos com nossas frustrações são idênticas à de nossa criança interna.
O estilo de liderança ou a forma de lidar com um líder estão se formando no início de nossas vidas e simplesmente não se pensa nisso ao longo da formação.
“Ele faz tênis, isso ajuda a ter um espírito de lutador e de seguir metas”, “ele faz vôlei e com isso aprende a trabalhar em equipe”, “ele frequenta aulas de idiomas, isto o prepara para falar com o mundo”, etc.
Quantas pessoas você conhece que tem o mais alto nível de formação em inglês, passou 15 anos em uma escola e na hora de abrir a boca para falar, simplesmente não fala, não é capaz de formar uma única frase.
Ele não teve oportunidade de exercer de fato a sua competência de liderança, de arcar com conseqüências de escolhas erradas, de celebrar as escolhas certas. De analisar e pensar estrategicamente em algo significativo diferente de como mentir ou esconder uma nota baixa.
Ele passará no vestibular, obterá uma graduação de renome. Mas, será que apenas isto é suficiente para que ele se posicione frente a um grupo de executivos, a frente de um grupo de acionistas, que ele seja capaz de formar uma equipe e conduzi-la ao sucesso?
Será o suficiente para que ao final de um dia ele sinta que está cumprindo um papel e que está de fato fazendo a diferença no mundo?
Que liderança este jovem irá praticar em sua vida adulta e quem estará lá para ampará-lo quando precisar se erguer de um tombo se ele não puder fazer isso sozinho?
Desde pequenos desenvolvemos formas de obter aquilo que queremos.
O bebe chora, a criança faz birra, a menina bonita usa do seu charme, o menino esperto usa de sua astúcia, e assim, cada um vai treinando uma diferente forma de chegar onde quer.
Alguns têm maior tendência ao comando e alguns preferem seguir, natural, ainda bem que temos as duas frentes, alguém precisa fazer. Uma idéia não é nada até que se transforme em algo palpável.
Já repararam que crianças são muito mais comportadas com estranhos do que com os pais?
Seu filho vai dormir na casa do amigo e você se espanta quando a mãe do amiguinho diz que ele se comportou muito bem!
O que isso significa? Pare para pensar. Seu filho sabe como lidar com situações e como tirar delas o que deseja.
E assim ele vai crescendo e desenvolvendo seu banco de dados de soluções para o futuro. E são estas soluções que ele aplicará em sua vida adulta, com o repertório de palavras e ações pertinentes (às vezes não tão pertinentes assim!!)
Quando adultos fazemos exatamente o que fazíamos quando crianças apenas de uma forma mais adaptada ao ambiente. Se você olhar bem de perto vai ver aquela menininha usando seu sorriso que derretia o coração do Papi, num formato que atende às demandas do ambiente e adaptando algumas ações.
A maneira como lidamos com nossas frustrações são idênticas à de nossa criança interna.
O estilo de liderança ou a forma de lidar com um líder estão se formando no início de nossas vidas e simplesmente não se pensa nisso ao longo da formação.
“Ele faz tênis, isso ajuda a ter um espírito de lutador e de seguir metas”, “ele faz vôlei e com isso aprende a trabalhar em equipe”, “ele frequenta aulas de idiomas, isto o prepara para falar com o mundo”, etc.
Quantas pessoas você conhece que tem o mais alto nível de formação em inglês, passou 15 anos em uma escola e na hora de abrir a boca para falar, simplesmente não fala, não é capaz de formar uma única frase.
Ele não teve oportunidade de exercer de fato a sua competência de liderança, de arcar com conseqüências de escolhas erradas, de celebrar as escolhas certas. De analisar e pensar estrategicamente em algo significativo diferente de como mentir ou esconder uma nota baixa.
Ele passará no vestibular, obterá uma graduação de renome. Mas, será que apenas isto é suficiente para que ele se posicione frente a um grupo de executivos, a frente de um grupo de acionistas, que ele seja capaz de formar uma equipe e conduzi-la ao sucesso?
Será o suficiente para que ao final de um dia ele sinta que está cumprindo um papel e que está de fato fazendo a diferença no mundo?
Que liderança este jovem irá praticar em sua vida adulta e quem estará lá para ampará-lo quando precisar se erguer de um tombo se ele não puder fazer isso sozinho?
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