O que é Coaching e como pode me ajudar?

O Coaching é um processo com começo, meio e fim, fundamentado em bases teóricas consistentes validadas cientificamente, suportado por ferramentas e metodologia. Trata-se de uma relação de parceria entre o Coach (profissional especializado) e o Coachee (a pessoa interessada em se desenvolver), onde o Coach faz o papel daquele que instiga o Coachee a refletir e encontrar as respostas que necessita para evoluir em suas aspirações, sejam elas em quais áreas forem.

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Bem vindo (a)! A idéia é que você leia o que procura, busque nos marcadores o tema de seu interesse.

15 março, 2018

Simulado

Monique Edelstein

Se eu me deixasse desencantar pelas dores não teria me alegrado pelas celebrações.
Quando uma historia começa, é porque havia um espaço ali a ser preenchido, um vazio a ser ocupado. Algo deixou de existir, algo se foi, algo se diluiu.
Mesmo quando tudo esta como queríamos, ou pelo menos assim pensamos que assim queríamos, ajustamos daqui, empurramos dali, cedemos um pouco, apertamos outro tanto e então, lançando aquele olhar de avaliação, elevamos o canto dos lábios com satisfação e um pensamento corre enquanto um suspiro voa de nós. “Ahhh!! Que gostoso!! Do jeito que eu pensei”.
Daí, sem mais nem menos, uma alegria cruza de surpresa seu caminho e você se dá conta de que todo aquele arranjo era tão menor do que o que te cabia.
E você se da conta de que havia cedido além da conta, que havia deixado de lado coisas importantes, que abriu mão de um contrato de autorespeito e auto amor porque é assim que você esta acostumada. Porque foi assim que você fez até hoje.
A existência te dá a oportunidade de uma experiência como num compacto, onde você precisa confirmar o aprendizado de algumas matérias. Tipo aula de revisão antes da aprovação final.
E aquilo que você achou que era alegria não era nada mais do que um simulado te preparando para algo além da conta, algo além do que você julgou ser sua alegria.

Então desencantos, sejam bem vindos, me mostrem que eu posso mais, que eu mereço mais. Que as alegrias com que me deixo empolgar sejam poucas frente àquelas que me cabem. Que meu entusiasmo pela vida e pela busca do que me aguarda seja alimentado por esta constante generosidade com que a Existência me alimenta.

13 março, 2018

Sozinha

Monique Edelstein

Fazia todo sentido ficar sozinha.  Poder não falar, poder não responder, poder não manifestar, poder ficar quieta.
Ainda faz, ainda me agrada a possibilidade do silencio, da contemplação, do simples estar sem explicar.
Por muitas vezes o sentir é inexplicável, por muitas vezes o sentir é tão sentir que não ha palavras que traduzam o que caminha pelo peito, o que entra na alma e fala com o coração.
Ter que explicar sufoca quase todo sentir, ter que explicar elimina a simplicidade de sentir em cor, em tom, em vibração, em onda.
Fazia todo sentido estar só, porque ter que explicar quebrava a conexão fluida que se manifestava.
Fazia absoluto sentido estar só, porque eram necessárias palavras que traduzissem o intraduzível. As palavras deste plano não oferecem a imensidão de cores que os sentimentos despertam.
As explicações da mente não alcançam a profundidade que a alma quer revelar. A alma é profunda, a alma é densa, a alma é atemporal e carrega em si tudo que ja sentiu, tudo que ja amou, tudo que ja doeu, tudo que ja aprendeu, tudo que ja foi e até quem sabe uma trilha do que será.
Fazia todo sentido querer voar solo, porque o peso de carregar o outro é por demais frustrante já que não acrescenta ao voo, apenas faz peso. Fazia todo sentido navegar solo, porque ser invisível não é nem para o vento.
Fazia sentido estar só, porque estar só era mais completo, era mais pleno, oferecia mais respostas.
Quando se cresce só, quando se aprende a viver por si, quando se descobre não precisando que mais ninguém resolva seus problemas, quando um ser cresce precisando achar ele as respostas, a descobrir sozinho o caminho de saída do labirinto, fica fácil achar que o Minotauro é apenas um mito que pode ser derrotado, sozinho é claro.
E então, um dia, assim, sem mais, um silencio aparece ao seu lado, e te mostra que dois silêncios podem coexistir, podem caminhar paralelos, podem emprestar cores, dividir frequências. Não precisam se misturar necessariamente, mas é gostoso ter um silencio ao lado do seu. É doce.
Não o silencio que oprime, mas o silencio que compreende, o silencio que contempla, um silencio que acolhe, um silencio diferente do seu, com outro cheiro, com outra musica. São cores que andam ao seu lado e que de alguma forma, suportam o seu silencio.
Um silencio que assegura o seu, um silencio que não cobra palavras, não cobra o tangível, ele só esta lá, porque achou um silencio onde pode existir sem se perturbar. Em companhia de outro silencio, onde almas conversam em outro plano sem palavras.
E destes silêncios paralelos,  brota um conforto, um sentimento de afinidade, uma sensação de não separação, onde as poucas e pobres palavras não tem importância, não tem necessidade.

Brota paz, brota serenidade. Brota um cheiro de que o caminho é este.

27 maio, 2011

A felicidade interna não é bruta, ela é sutil

Monique Edelstein

Felicidade é um biquíni tamanho P, Felicidade é dirigir o carro X, Felicidade é fumar o cigarro X, Felicidade é viajar para tal lugar, etc................
Toda hora, em todo lugar alguém gentilmente nos informa o que é felicidade, de acordo com o produto que se quer vender, com isso, vai se incorporando em nossas mentes que a felicidade é algo que eu preciso obter que eu preciso comprar que eu preciso ter.
Muito bem, mais de um mês de distancia entre o Bhutan e eu, hoje de manhã me dou conta de que a felicidade não é bruta, ela é sutil, delicada, sensível, leve, não tem para vender em loja, não tem para comprar na esquina.
Ela está no lugar mais difícil de alcançar, que foi onde os Deuses a colocaram em um dia de muita zanga com os seres humanos, “vamos colocá-la aonde eles nunca irão procurar, dentro de cada um”.
Ontem me perguntaram se as pessoas são mesmo felizes por aquelas montanhas, e eu me dou conta que sim, elas têm a delicadeza real da felicidade, são serenos, pacíficos, gentis, amistosos, generosos, suaves, movem-se devagar, apreciam a natureza, param para admirar uma árvore cheia de magnólias com um fundo de montanhas cheias de neve, dão bom dia mesmo a estranhos, com um sorriso no rosto, dão passagem nas ruas, sim, eles são felizes.
Na minha estupidez ocidental custei a perceber que os óculos com os quais eu os estava “avaliando” estão bastante embaçados e precisando urgentemente de uma limpeza e que aos poucos essa limpeza está se fazendo e me permitindo VER melhor o que vivi.
A felicidade esta sim dentro de cada um de nós, em baixo da pilha de desejos e “tenhos que ter”.

15 novembro, 2010

The Invitation

Oriah Mountain Dreamer
It doesn't interest me what you do for a living. I want to know what you ache for and if you dare to dream of meeting your heart's longing.
It doesn't interest me how old you are. I want to know if you will risk looking like a fool for love, for your dream, for the adventure of being alive.
It doesn't interest me what planets are squaring your moon. I want to know if you have touched the centre of your own sorrow, if you have been opened by life's betrayals or have become shrivelled and closed from fear of further pain.
I want to know if you can sit with pain, mine or your own, without moving to hide it, or fade it, or fix it.
I want to know if you can be with joy, mine or your own; if you can dance with wildness and let the ecstasy fill you to the tips of your fingers and toes without cautioning us to be careful, be realistic, remember the limitations of being human.
It doesn't interest me if the story you are telling me is true. I want to know if you can disappoint another to be true to yourself. If you can bear the accusation of betrayal and not betray your own soul. If you can be faithless and therefore trustworthy.
I want to know if you can see Beauty even when it is not pretty every day. And if you can source your own life from its presence.
I want to know if you can live with failure, yours and mine, and still stand at the edge of the lake and shout to the silver of the full moon, 'Yes.'
It doesn't interest me to know where you live or how much money you have. I want to know if you can get up after the night of grief and despair, weary and bruised to the bone and do what needs to be done to feed the children.
It doesn't interest me who you know or how you came to be here. I want to know if you will stand in the centre of the fire with me and not shrink back.
It doesn't interest me where or what or with whom you have studied. I want to know what sustains you from the inside when all else falls away.
I want to know if you can be alone with yourself and if you truly like the company you keep in the empty moments.

18 maio, 2010

Our Deepest Fear

Marianne Williamson
Our deepest fear is not that we are inadequate. Our deepest fear is that we are powerful beyond measure. It is our light, not our darkness that most frightens us. We ask ourselves, Who am I to be brilliant, gorgeous, talented, fabulous? Actually, who are you not to be? You are a child of God. Your playing small does not serve the world. There is nothing enlightened about shrinking so that other people won't feel insecure around you. We are all meant to shine, as children do. We were born to make manifest the glory of God that is within us. It's not just in some of us; it's in everyone. And as we let our own light shine, we unconsciously give other people permission to do the same. As we are liberated from our own fear, our presence automatically liberates others.

04 março, 2010

Mar sem fim

Amyr Klink
“… Hoje entendo bem meu pai. Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou tv. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar as suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor. E o oposto. Sentir a distância e o desabrigo para estar bem sob o próprio teto. Um homem precisa viajar para lugares que não conhece para quebrar essa arrogância que nos faz ver o mundo como o imaginamos, e não simplesmente como é ou pode ser; que nos faz professores e doutores do que não vimos, quando deveríamos ser alunos, e simplesmente ir ver”.

27 janeiro, 2010

O medo e as opções

Monique Edelstein

Desde muito cedo ouvimos de nossos zelosos cuidadores: “Olha lá o que você vai fazer”, “Você nunca fez isso, cuidado”, “Não mexe nisso que você não conhece”, “Não se meta com aquilo que você não sabe”, “Você não sabe fazer isso, deixa que eu faço”, etc. São frases bem animadoras.
A medida que vamos crescendo, desenvolvendo nossas habilidades, começa então uma nova etapa: “O mundo é seu, você tem que ir atrás”, “Você tem que decidir o que vai ser”, “Decida, a escolha é sua”, “O mundo está cheio de opções”, “Com tanta coisa pra fazer e você fica ai sem saber por onde começar”, etc.
Observe que ao unir estas duas situações contrastantes, antagônicas, você acaba se encontrando a beira de um buraco negro. Foi condicionado a temer o desconhecido, Aprendeu que não deve se meter com aquilo que não sabe, que não domina, deve temer o desconhecido e de repente, é estimulado, lhe é dado, lhe é cobrado o poder da escolha e que pode escolher qualquer ramo de atividade que desejar.
Não é a toa que vivemos a era do medo, medo de tudo, difícil até mesmo de classificar este medo, medo nem sei do que, apenas que é medo.
E então, você já gente grande, precisa enfrentar o desconhecido, fazer o que nunca fez antes, fazer o que foi condicionado a não fazer, mexer com assuntos que ainda não conhece, meter-se em assuntos novos, com competência, assertividade, segurança e ainda por cima, demonstrando tudo isso através de suas palavras e atitudes.
Um Universo de opções à sua frente e você precisa decidir qual delas você escolherá. A escolha de uma elimina a possibilidade da outra, mas todas elas são desconhecidas, como saber a que dará mais retorno, mais satisfação!
Só mesmo indo lá para saber. É preciso que você se prepare e assuma seu desejo de experimentar, aceitando que há riscos em qualquer caminhada e que eles podem ser controlados quando percebidos. Uma das formas é conhecendo-se a si próprio, ter consciência de seus talentos, de suas habilidades, ter claro para si mesmo o seu repertório de respostas às diferentes situações.
O Universo está mesmo a sua espera, isso não significa que você precisa sair correndo abraçando a tudo de uma só vez. Avalie, pese as possíveis conseqüências, positivas e negativas, avalie o seu preparo para cada uma delas. Fique alerta a indicadores e saiba que não há como chegar perto do sucesso sem ultrapassar o fracasso, eles andam juntos.
Conhecer o seu repertório interno é a grande ferramenta contra a paralisia do medo. Enfrente os monstros que ficavam embaixo da cama e dentro do armário. Alguns podem parecer assustadores, mas são domesticáveis. Ao acender das luzes eles sempre sumiam, não sobreviviam ao conhecimento.

23 novembro, 2009

Por que nos chocamos ao conquistarmos um objetivo?

Monique Edelstein

É curioso como nos chocamos ao perceber que as coisas saíram bem, mesmo contrariando nossas expectativas.
Quantas vezes nos dirigimos a alguém já com idéias pré-concebidas de que seremos mal atendidos, de que teremos de lidar com um sem número de obstáculos e dificuldades, e ainda enfrentaremos problemas que sequer imaginamos.
Para nosso espanto, frequentemente nada disso acontece. Somos surpreendidos com o exato oposto das nossas piores suposições.
O projeto caminha de forma natural, a equipe responde à pressão, soluções inovadoras surgem na hora do cafezinho, os obstáculos são contornados com bom humor e ficam para trás.
E isso nos espanta, é como se estivéssemos torcendo para não dar certo, ficamos incrédulos frente ao sucesso, frente à conquista do objetivo.
Pior ainda é que somos capazes de virar para a equipe e proferir a famosa frase - “não acredito que conseguimos!”
O que sua equipe pensa nesse dado momento pode variar, mas com certeza não é algo positivo, coisas desse tipo:
• Não seríamos capazes?
• O projeto foi mal dimensionado?
• Nossos recursos não atendem às necessidades?
• Nosso chefe aceitou um desafio com a certeza de que falharíamos?
Como você negocia um novo projeto para sua área? Com base em quais aspectos você aceita um desafio que levará para a sua equipe?
Como apresenta este desafio para a equipe e como divide as tarefas dentro do grupo? Quem decide quem fará o que?
Muitas vezes, na ânsia de conquistar alguns pontos frente à nossa liderança acabamos por aceitar projetos sem a devida avaliação, assumindo riscos no lugar de compromissos.
Algo nos faz duvidar que nossa equipe ou fornecedores possam atender nossas necessidades e mesmo assim oferecemos o desafio. Muitas vezes com uma ponta de dúvida que aparece bastante clara seja em nossa fala, ao nosso olhar, em nossa forme de expressar o assunto ou nas frases que deixamos escapar, do tipo “você tem certeza de que é capaz de me entregar isso?” Repetidas vezes ao longo da conversa. “olha que esse projeto é fundamental para a minha posição”, como se não fosse importante para os executores.
Fazer com que equipes bem formadas sejam capazes de superar os mais difíceis obstáculos e saírem fortificadas, depende única e exclusivamente da sua liderança.
A constituição equipe feita de diferentes forças e características pode oferecer um leque de soluções maiores e possibilita o desenvolvimento de projetos cada vez mais audaciosos.
Lembrando que o que motiva pessoas são desafios proporcionais aos seus conhecimentos, o reconhecimento de suas habilidades e competências e a possibilidade de evoluir diariamente erramos feio ao reduzir a motivação e a remuneração dos indivíduos.
A remuneração é obrigação cumprida, a recompensa financeira. Dura no máximo três meses. O reconhecimento e a valorização do individuo duram para sempre.

Quem sabe para onde o próximo passo pode nos levar?

Monique Edelstein

Alguém já disse que em uma jornada o primeiro passo é o mais importante. Concordo em parte. O primeiro passo é, sob certos aspectos, fundamental, é o primeiro degrau a transpor na busca do desenvolvimento pessoal. De outra forma ficaríamos estagnados, paralisados, congelados no tempo e espaço.
Mas... E os próximos?
Uma das coisas que mais escuto é que as pessoas têm medo de transpor esse obstáculo, o que em parte é saudável. O medo nos ajuda preservar a vida e manter os pés no chão. Mas, esse medo do desconhecido não tem como ser debelado se não conhecermos o que está a nossa espera.
Qualquer projeção futura que fazemos baseada em pré-sentimentos, em fatos passados e em aprendizados através da experiência alheia, não passa de pura elucubração.
As chances de que tudo aconteça exatamente como previmos não é lá muito acurada. Com certeza nossa profecia não se realizará, a menos que trabalhemos muito por ela.
O medo mais comum é o de falharmos, diz Theodore Zeldin: “se queremos acertar, temos que dar uma chance ao malogro”. Se eu não der uma chance ao malogro estarei tampouco, ofertando chance ao sucesso, uma vez que eles correm paralelamente. Se quisermos alcançar o sucesso, precisamos estar atentos aos riscos de malogro que nos acompanham e buscarmos formas de liquidá-los à medida que surgirem, pois é impossível prever o que acontecerá.
Cada passo que tomamos é importante e fundamental, pode a qualquer momento nos direcionar para o inesperado, como também para o desejado.
Quem decidirá meus passos serei eu, seja por influencia de terceiros ou escolhas minhas. A decisão final de dar ou não o primeiro passo é minha e apenas minha, a responsabilidade da jornada é minha, o resultado da jornada é meu. Não terei a quem culpar pelo malogro ou aplaudir pelo sucesso.
O fato é que há quem tema muito mais ao sucesso do que ao fracasso. O sucesso, uma vez alcançado, faz com que se instale um sentido de que agora não podemos mais afundar e que o nível de exigência só subirá, que a partir daquele momento nada será aceito exceto o melhor e isso faz com que recuemos e baixemos o nível da nossa própria exigência.
E isso ocorre simplesmente porque nosso medo é de que podemos falhar lá na frente, de novo, o mesmo medo alimentando o ciclo.
Não há como saber com certeza absoluta o que irá acontecer, mas é possível cercar-se de informações e indicadores que sinalizam a qualidade da rota, e se houver algum alerta teremos tempo para corrigir o que for necessário.
Pense no significado da palavra experimentar. Pense no significado da palavra acompanhar. Pense no significado da palavra alcançar.

27 outubro, 2009

Ser – Ter

Monique Edelstein

Está cada vez mais difícil achar pessoas que SÃO. A maioria hoje parece que apenas TEM.
Eu quero ter mesmo aquele carro ou eu preciso ter aquele carro para impressionar ou afirmar minha posição dentro do meu circulo de amigos? Onde estão os meus desejos?
O risco de se transformar em algo que pode ser perdido, tomado ou mesmo tirado de você, o faz com sujeito a se transformar em um B.O.
Reflita por um instante sobre o que você representa, sobre quem você é para seus amigos, colegas de trabalho, para sua família. Reflita também, sobre qual a razão de você relacionar-se com algumas pessoas.
Se você precisasse se mudar repentinamente e recomeçar sua vida em outro lugar muito distante, onde ninguém lhe conhecesse e nunca teria a possibilidade de saber de seu passado, o que você levaria em sua bagagem? Observe bem esta mala que você aprontou e verifique a razão de suas escolhas.
Vivemos em um mundo capitalista, competitivo onde as aparências contam e muito. Se você for a uma loja comprar uma TV, o vendedor não tem como saber o limite de seu cartão nem se você vai pagar em dinheiro vivo, mas ele pode lhe avaliar pelos seus sapatos, pela sua bolsa e isso acaba se tornando importante para você.
Estamos abrindo mão de muitas coisas em nome de uma necessidade cada vez maior de possuirmos bens que possam nos representar, deixando de lado relações que nos farão falta no futuro.
A cada dia as famílias estão mais separadas pelas suítes super equipadas com computadores individuais e mais uma parafernália eletrônica que nos permite conexões virtuais, olho no olho não tem mais graça, o abraço gostoso e reconfortante é cafona. Não vou comentar do namoro virtual, isso seria tema para um livro.
As pessoas estão cada vez mais sozinhas, as queixas de solidão e isolamento são cada vez mais freqüentes e mesmo assim, o movimento maior é o do isolamento e uma vida de aparência. Se eu disser que me sinto só serei ridicularizado ou visto como um fraco. Mas se todos puderem ver meu novo carro, então sim, eu serei aceito e considerado bem sucedido.
Adoro as coisas que o dinheiro pode comprar principalmente aquelas que incluem minha família e amigos ao meu lado. Nossas risadas, nossas piadas velhas e decoradas, mas que ainda nos fazem rir feito bobos. São os meus desejos que realizo.
Quando alguém, em minha frente se espanta por ter encontrado uma resposta, minha alma se ilumina. Um sorriso de alívio vale muito na minha moeda, a satisfação de ver alguém mais feliz por ter encontrado um caminho de mais serenidade, a satisfação de saber que aquela pessoa se vai melhor do que veio. Eu sou abençoada, não trabalho um só dia, eu exerço aquilo a que vim.
E você, quando se deita sonha viver qual vida?