O que é Coaching e como pode me ajudar?

O Coaching é um processo com começo, meio e fim, fundamentado em bases teóricas consistentes validadas cientificamente, suportado por ferramentas e metodologia. Trata-se de uma relação de parceria entre o Coach (profissional especializado) e o Coachee (a pessoa interessada em se desenvolver), onde o Coach faz o papel daquele que instiga o Coachee a refletir e encontrar as respostas que necessita para evoluir em suas aspirações, sejam elas em quais áreas forem.

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23 novembro, 2009

Por que nos chocamos ao conquistarmos um objetivo?

Monique Edelstein

É curioso como nos chocamos ao perceber que as coisas saíram bem, mesmo contrariando nossas expectativas.
Quantas vezes nos dirigimos a alguém já com idéias pré-concebidas de que seremos mal atendidos, de que teremos de lidar com um sem número de obstáculos e dificuldades, e ainda enfrentaremos problemas que sequer imaginamos.
Para nosso espanto, frequentemente nada disso acontece. Somos surpreendidos com o exato oposto das nossas piores suposições.
O projeto caminha de forma natural, a equipe responde à pressão, soluções inovadoras surgem na hora do cafezinho, os obstáculos são contornados com bom humor e ficam para trás.
E isso nos espanta, é como se estivéssemos torcendo para não dar certo, ficamos incrédulos frente ao sucesso, frente à conquista do objetivo.
Pior ainda é que somos capazes de virar para a equipe e proferir a famosa frase - “não acredito que conseguimos!”
O que sua equipe pensa nesse dado momento pode variar, mas com certeza não é algo positivo, coisas desse tipo:
• Não seríamos capazes?
• O projeto foi mal dimensionado?
• Nossos recursos não atendem às necessidades?
• Nosso chefe aceitou um desafio com a certeza de que falharíamos?
Como você negocia um novo projeto para sua área? Com base em quais aspectos você aceita um desafio que levará para a sua equipe?
Como apresenta este desafio para a equipe e como divide as tarefas dentro do grupo? Quem decide quem fará o que?
Muitas vezes, na ânsia de conquistar alguns pontos frente à nossa liderança acabamos por aceitar projetos sem a devida avaliação, assumindo riscos no lugar de compromissos.
Algo nos faz duvidar que nossa equipe ou fornecedores possam atender nossas necessidades e mesmo assim oferecemos o desafio. Muitas vezes com uma ponta de dúvida que aparece bastante clara seja em nossa fala, ao nosso olhar, em nossa forme de expressar o assunto ou nas frases que deixamos escapar, do tipo “você tem certeza de que é capaz de me entregar isso?” Repetidas vezes ao longo da conversa. “olha que esse projeto é fundamental para a minha posição”, como se não fosse importante para os executores.
Fazer com que equipes bem formadas sejam capazes de superar os mais difíceis obstáculos e saírem fortificadas, depende única e exclusivamente da sua liderança.
A constituição equipe feita de diferentes forças e características pode oferecer um leque de soluções maiores e possibilita o desenvolvimento de projetos cada vez mais audaciosos.
Lembrando que o que motiva pessoas são desafios proporcionais aos seus conhecimentos, o reconhecimento de suas habilidades e competências e a possibilidade de evoluir diariamente erramos feio ao reduzir a motivação e a remuneração dos indivíduos.
A remuneração é obrigação cumprida, a recompensa financeira. Dura no máximo três meses. O reconhecimento e a valorização do individuo duram para sempre.

Quem sabe para onde o próximo passo pode nos levar?

Monique Edelstein

Alguém já disse que em uma jornada o primeiro passo é o mais importante. Concordo em parte. O primeiro passo é, sob certos aspectos, fundamental, é o primeiro degrau a transpor na busca do desenvolvimento pessoal. De outra forma ficaríamos estagnados, paralisados, congelados no tempo e espaço.
Mas... E os próximos?
Uma das coisas que mais escuto é que as pessoas têm medo de transpor esse obstáculo, o que em parte é saudável. O medo nos ajuda preservar a vida e manter os pés no chão. Mas, esse medo do desconhecido não tem como ser debelado se não conhecermos o que está a nossa espera.
Qualquer projeção futura que fazemos baseada em pré-sentimentos, em fatos passados e em aprendizados através da experiência alheia, não passa de pura elucubração.
As chances de que tudo aconteça exatamente como previmos não é lá muito acurada. Com certeza nossa profecia não se realizará, a menos que trabalhemos muito por ela.
O medo mais comum é o de falharmos, diz Theodore Zeldin: “se queremos acertar, temos que dar uma chance ao malogro”. Se eu não der uma chance ao malogro estarei tampouco, ofertando chance ao sucesso, uma vez que eles correm paralelamente. Se quisermos alcançar o sucesso, precisamos estar atentos aos riscos de malogro que nos acompanham e buscarmos formas de liquidá-los à medida que surgirem, pois é impossível prever o que acontecerá.
Cada passo que tomamos é importante e fundamental, pode a qualquer momento nos direcionar para o inesperado, como também para o desejado.
Quem decidirá meus passos serei eu, seja por influencia de terceiros ou escolhas minhas. A decisão final de dar ou não o primeiro passo é minha e apenas minha, a responsabilidade da jornada é minha, o resultado da jornada é meu. Não terei a quem culpar pelo malogro ou aplaudir pelo sucesso.
O fato é que há quem tema muito mais ao sucesso do que ao fracasso. O sucesso, uma vez alcançado, faz com que se instale um sentido de que agora não podemos mais afundar e que o nível de exigência só subirá, que a partir daquele momento nada será aceito exceto o melhor e isso faz com que recuemos e baixemos o nível da nossa própria exigência.
E isso ocorre simplesmente porque nosso medo é de que podemos falhar lá na frente, de novo, o mesmo medo alimentando o ciclo.
Não há como saber com certeza absoluta o que irá acontecer, mas é possível cercar-se de informações e indicadores que sinalizam a qualidade da rota, e se houver algum alerta teremos tempo para corrigir o que for necessário.
Pense no significado da palavra experimentar. Pense no significado da palavra acompanhar. Pense no significado da palavra alcançar.

27 outubro, 2009

Ser – Ter

Monique Edelstein

Está cada vez mais difícil achar pessoas que SÃO. A maioria hoje parece que apenas TEM.
Eu quero ter mesmo aquele carro ou eu preciso ter aquele carro para impressionar ou afirmar minha posição dentro do meu circulo de amigos? Onde estão os meus desejos?
O risco de se transformar em algo que pode ser perdido, tomado ou mesmo tirado de você, o faz com sujeito a se transformar em um B.O.
Reflita por um instante sobre o que você representa, sobre quem você é para seus amigos, colegas de trabalho, para sua família. Reflita também, sobre qual a razão de você relacionar-se com algumas pessoas.
Se você precisasse se mudar repentinamente e recomeçar sua vida em outro lugar muito distante, onde ninguém lhe conhecesse e nunca teria a possibilidade de saber de seu passado, o que você levaria em sua bagagem? Observe bem esta mala que você aprontou e verifique a razão de suas escolhas.
Vivemos em um mundo capitalista, competitivo onde as aparências contam e muito. Se você for a uma loja comprar uma TV, o vendedor não tem como saber o limite de seu cartão nem se você vai pagar em dinheiro vivo, mas ele pode lhe avaliar pelos seus sapatos, pela sua bolsa e isso acaba se tornando importante para você.
Estamos abrindo mão de muitas coisas em nome de uma necessidade cada vez maior de possuirmos bens que possam nos representar, deixando de lado relações que nos farão falta no futuro.
A cada dia as famílias estão mais separadas pelas suítes super equipadas com computadores individuais e mais uma parafernália eletrônica que nos permite conexões virtuais, olho no olho não tem mais graça, o abraço gostoso e reconfortante é cafona. Não vou comentar do namoro virtual, isso seria tema para um livro.
As pessoas estão cada vez mais sozinhas, as queixas de solidão e isolamento são cada vez mais freqüentes e mesmo assim, o movimento maior é o do isolamento e uma vida de aparência. Se eu disser que me sinto só serei ridicularizado ou visto como um fraco. Mas se todos puderem ver meu novo carro, então sim, eu serei aceito e considerado bem sucedido.
Adoro as coisas que o dinheiro pode comprar principalmente aquelas que incluem minha família e amigos ao meu lado. Nossas risadas, nossas piadas velhas e decoradas, mas que ainda nos fazem rir feito bobos. São os meus desejos que realizo.
Quando alguém, em minha frente se espanta por ter encontrado uma resposta, minha alma se ilumina. Um sorriso de alívio vale muito na minha moeda, a satisfação de ver alguém mais feliz por ter encontrado um caminho de mais serenidade, a satisfação de saber que aquela pessoa se vai melhor do que veio. Eu sou abençoada, não trabalho um só dia, eu exerço aquilo a que vim.
E você, quando se deita sonha viver qual vida?

04 outubro, 2009

Qual a razão do meu trabalho?

Monique Edelstein

“Escolha um trabalho que você ame e não terá de trabalhar um único dia de sua vida”. Confúcio
O trabalho, mais do que uma obrigação, deveria ser fonte de realização, de satisfação com resultados obtidos, um meio para que cada indivíduo obtenha aquilo que deseja; para que desenvolva aquilo que gosta; que gera prazer e satisfação. O que observamos, entretanto, são pessoas infelizes, insatisfeitas, pessoas que se transformaram em seus cargos, carros, casas e que usam seus trabalhos não como meio de satisfação pessoal, mas como via de obtenção de uma imagem que se pretende alcançar.
A velha expressão – matar um leão por dia – é hoje uma grande verdade, a cada amanhecer nos preparamos para uma batalha, nos armamos, nos enfiamos para dentro de nossas couraças e máscaras e caminhamos para o ringue, muitas vezes escudados por um veículo que sofre com pancadas, freadas bruscas, arrancadas, fechadas e buracos.
Parece que a cada amanhecer nos preparamos para uma guerra sangrenta, que vai custar a vida ou a carreira de alguém. Que não seja a minha!
O que levou você a escolher esta profissão? Quando você participou do processo seletivo que o colocou nesta empresa, você teve o cuidado de também selecionar a empresa onde gostaria de trabalhar?
O que o mantém nesta posição ou organização? Se você tivesse o poder de escolha permaneceria onde está? Se ganhasse sozinho na mega sena, continuaria a fazer a mesma coisa?
Já falei outras vezes que essa vida não é ensaio, é a vida acontecendo enquanto estamos fazendo planos para quando emagrecermos, ganharmos salários de 4 dígitos, há sempre alguma condição para que possamos assumir nossos sonhos e vivê-los.
Em um livro “infantil”, Adriana Falcão diz que o sucesso é quando você faz algo que sabe fazer bem e todo mundo vê.
Se não podemos oferecer aquilo que não temos dentro de nós mesmos, como será possível liderar uma equipe ou mesmo um projeto sem paixão por ele?
Como inspirar pessoas a me acompanhar em um caminho se eu mesmo não estou inspirado?
Pense bem se existe outro caminho onde você pode fazer melhor o que faz, ou mesmo quem sabe encontrar a paixão no que está fazendo, talvez falte um pouco mais de sentimento para o seu hoje.
De tanto ouvir o refrão de que trabalho não é diversão, deixamos de procurar o prazer em nossas obrigações, deixamos escapar a alegria daquilo que fazemos.
Procure lançar novos olhares ao seu dia a dia, busque esse brilho no seu olhar para que possa transmitir àqueles ao seu redor e quem sabe desta forma melhorar um pouquinho o mundo a sua volta.

09 setembro, 2009

Medo do novo?

Monique Edelstein

Você se lembra quando pela primeira vez visitou uma nova cidade? Você precisou de um tempo para saber onde era melhor fazer compras, qual o melhor caminho e opções de transporte para chegar lá, onde tinha o café mais gostoso. E mesmo que alguém do local sugerisse algo, você precisou achar o que você gostava. Com certeza acertou e errou, se surpreendeu, se decepcionou, enfim, experimentou diferentes sensações e sentimentos até que se sentisse seguro e confiante.
Essa sensação de não saber ao certo para que lado virar, se a decisão tomada foi a mais acertada. Como é o novo? Quem sabe pré-dizer como será? Quem sabe a resposta sobre o futuro???
A cada dia mais e mais pessoas falam da importância da mudança, até lojas fazem concursos onde a pergunta é: “A minha maior mudança foi”.
Nosso cérebro resiste, “Como assim você quer fazer diferente? Eu já estou acostumado com este caminho e este peptídeo me agrada muito, vou ativar o centro do medo e você vai voltar atrás!”
Se o nosso próprio cérebro resiste, quem dirá aqueles que estão ao nosso redor. Vale lembrar que ao provocarmos mudanças, forçamos as pessoas modificarem seus comportamentos para conosco.
Use o seu passado como aprendizado, não despreze o que você viveu até este momento. Não seria justo. Nosso passado fará sempre parte da construção de nosso presente, não há como separar-se do quem fui, é este “quem fui” quem constrói o “quem serei”.
Perceba o quanto saímos fortalecidos de cada um destes momentos. O questionamento é importante assim como o autoconhecimento, mas a autocompaixão também é. Todos nós temos limites que devem ser respeitados, quebrados, jogados fora, para isso precisamos saber quem somos e como lidar com a possibilidade de erro, do acerto, do neutro.
Isso não é ensaio, é a vida, acontecendo enquanto fazemos planos para ela, já cantava John Lennon.
Coragem e energia. Se cair levanta e desenvolve a musculatura. Ninguém disse que não podemos chorar também e nos lamentar, apenas estamos usando nossa energia em outra direção. Não desperdice muito tempo nesta etapa. Qual atitude me dará melhores resultados? Qual delas me levará onde quero ir?
Ouvi outro dia uma expressão que adorei: “Modo autopolêmico”, aquele no qual ficamos remoendo o que poderia ter sido e não foi. Abandone este modo e parta para outro.
Isso é viver, isso é ter valido a pena. Meia vida, vida na retaguarda é desperdício.
Você tem essa força, use-a em seu benefício, seja feliz, brigue pelos seus sonhos. Transforme cada um deles em realidade.
Um forte abraço, e conte sempre comigo na sua trilha.

02 junho, 2009

O trabalho em equipe é possível

Monique Edelstein

Desde o começo dos tempos a humanidade busca se juntar em grupos, pequenos ou grandes, para obter um objetivo em comum.
Na era das cavernas, quando saiam à caça, os homens formavam pequenos grupos, ou mesmo duplas, para obter o alimento de suas famílias ou tribos ou, usando um termo mais atual, para sua comunidade.
Uma torcida é formada por um enorme numero de pessoas que tem como objetivo empurrar seu time a vitória. Isto é um grande grupo.
Há ainda o grupo imenso que é uma Escola de Samba, que tem o objetivo de ser eleita a melhor do ano em uma única apresentação, não há segunda chance.
Já o time, por sua vez, é formado por um menor número de pessoas com um mesmo objetivo.
Nos três casos podemos observar que há a união de pessoas para a obtenção de um mesmo objetivo, mas cada uma com suas habilidades e forma de atuação especifica.
No pequeno grupo já é possível notar uma divisão de papéis, aquele com melhor mira, aquele com melhor audição e assim por diante, não se aventurava sair sozinho, pois era perigoso. O grupo tinha como principal função a segurança de seus integrantes.
No torcida, por exemplo, não há divisão alguma, não há ordem, impera a desordem e ausência de liderança. O indivíduo se torna invisível quando no meio da multidão. Está lá atuando de forma passiva (embora não pareça), pouco pode efetivamente fazer para garantir o objetivo.
Já na Escola de Samba, apesar do seu tamanho, há ordem, há divisão de papéis, há organização e cada um carrega dentro de si o desejo de se consagrar campeão e atua como responsável por tal. Sua ação é diretamente responsável por cada ponto que a Escola irá obter.
No time de futebol, um número menor de pessoas com papéis bem definidos, cada um fazendo aquilo que faz melhor em uma posição estabelecida. Estas posições e papéis foram desta forma estabelecidos porque cada integrante foi avaliado e este é o seu melhor, desde o carregador dos uniformes até o atacante, cada um tem um papel claro e definido sobre o que deve ser feito. O objetivo é o mesmo. Todos compartilham do mesmo desejo e sonho da vitória.
Será que nos dedicamos tanto quanto deveríamos, para a estruturação destas equipes, quando montamos equipes de trabalho? Será que avaliamos cuidadosamente as pessoas que contratamos ou que promovemos? Será que elas são capazes de atuar em time? Quem determina o papel que irão cumprir sabe dizer com certeza se há habilidade para a realização da tarefa?
Equipes hoje são muito mais um grupo de pessoas brigando para se defender de possíveis falhas do que um time jogando para ganhar.
A formação de equipes é a base para o seu sucesso, não posso pretender que algo para o qual não dediquei atenção e esforço necessário irá gerar os resultados que eu pretendo.
Pessoas podem e devem ser desenvolvidas, mas é preciso que haja potencial para isso. Nem todos são bons nas mesmas tarefas e alguns se superam onde ninguém imaginava.
O primeiro passo para o resultado esperado é sem dúvida a formação de uma equipe consistente, consciente de suas funções e principalmente dos objetivos estabelecidos.
Para formar uma equipe é fundamental que se saiba o que se espera dela, somente desta forma saberemos quais as competências necessárias e poderemos estabelecer quem irá compor este time. Não confunda objetivo com tarefa, são duas coisas completamente distintas.
Objetivo, por exemplo, é onde queremos chegar, com que qualidade queremos concluir cada processo, qual o volume de crescimento que desejamos atingir, etc.
Atividade, por exemplo, é manter a limpeza, cumprir tarefas no tempo certo, etc.
Há um ditado antigo que diz: Se não sei para onde vou, qualquer direção serve.
Reflita se a sua direção está determinada, se os seus colaboradores sabem qual direção seguir e principalmente se você sabe quem pode e deve fazer o que na equipe hora em desenvolvimento.

01 junho, 2009

Onde estão se formando os futuros lideres?

Monique Edelstein

Onde estão se formando aqueles que ocuparão as cadeiras da liderança num futuro próximo?
A) Nos bancos das melhores Universidades do País?
B) Nos bancos das melhores escolas do País?
C) Em suas casas?
D) Nas danceterias e baladas?

Quem está formando estes futuros líderes?
A) Os professores de escolas renomadas?
B) Os motoristas ou babas ou arrumadeiras?
C) Os pais?
D) Os colegas?

Pois é! Nossos futuros lideres ainda são quase adolescentes ou quanto muito jovens adultos, muito jovens adultos.
Na configuração atual de nossa civilização, onde pai e mãe tampouco obtiveram lá muitas orientações e, portanto, não estão preparados para dá-las. Onde ambos trabalham exaustivamente para pagar a formação de seus filhos. Onde ambos sentem-se drenados em sua energia e o mais fácil é concordar do que argumentar. Onde nota-se claramente que pessoas estão perdidas, não tem a menor idéia de qual rumo seguir.
Lá atrás quando escolheram suas carreiras, o fizeram baseados em premissas muito mais externas a si mesmos do que de fato em atenção a um sonho ou desejo de realização.
Não havia sentido para tal, e, afinal de contas, “sonho não paga conta nem sustenta família”. “Olhe para seu pai, que carreira brilhante”, ou então, “olhe para seu pai, se matou a vida toda para lhe dar um estudo e agora você quer ser XXXX” (qualquer coisa que você sonhava diferente deles).
Será que estamos repetindo o papel de nossos pais, será que alguma vez paramos para pensar como seria diferente termos seguido um sonho? Mesmo que você tenha realizado uma carreira brilhante e seja reconhecido. E se você tivesse corrido atrás de seu sonho? Provavelmente teria obtido o mesmo o maior sucesso.
Voltemos aos nossos futuros líderes.
Quem está cuidando deste futuro? As notas em matemática estão ótimas, já em história nem tanto. Mas ele vai passar no vestibular, do que mesmo??? Será que é isso que ele vai fazer bem? Ele será um profissional capaz de liderar uma equipe em direção a uma meta estabelecida?
Na vida profissional as respostas não estarão em um livro. Que recursos internos ele possui que o habilitem a decidir, a fazer escolhas, a comandar uma empresa?
A hora de pensar o amanhã é agora, eu preciso pensar no cuidado com a semente se eu quiser colheita saudável em todos os níveis da vida desta pessoa. Não basta sucesso na carreira à custa de fracasso na vida pessoal.
Qual a base que está se formando para este futuro líder? Ele tem alguma percepção de como será seu futuro enquanto profissional? Ele sabe quais são suas limitações e como eliminá-las? Ele tem recursos internos consistentes para tomar decisões?

Onde se aprende a liderança?

Monique Edelstein

Desde pequenos desenvolvemos formas de obter aquilo que queremos.
O bebe chora, a criança faz birra, a menina bonita usa do seu charme, o menino esperto usa de sua astúcia, e assim, cada um vai treinando uma diferente forma de chegar onde quer.
Alguns têm maior tendência ao comando e alguns preferem seguir, natural, ainda bem que temos as duas frentes, alguém precisa fazer. Uma idéia não é nada até que se transforme em algo palpável.
Já repararam que crianças são muito mais comportadas com estranhos do que com os pais?
Seu filho vai dormir na casa do amigo e você se espanta quando a mãe do amiguinho diz que ele se comportou muito bem!
O que isso significa? Pare para pensar. Seu filho sabe como lidar com situações e como tirar delas o que deseja.
E assim ele vai crescendo e desenvolvendo seu banco de dados de soluções para o futuro. E são estas soluções que ele aplicará em sua vida adulta, com o repertório de palavras e ações pertinentes (às vezes não tão pertinentes assim!!)
Quando adultos fazemos exatamente o que fazíamos quando crianças apenas de uma forma mais adaptada ao ambiente. Se você olhar bem de perto vai ver aquela menininha usando seu sorriso que derretia o coração do Papi, num formato que atende às demandas do ambiente e adaptando algumas ações.
A maneira como lidamos com nossas frustrações são idênticas à de nossa criança interna.
O estilo de liderança ou a forma de lidar com um líder estão se formando no início de nossas vidas e simplesmente não se pensa nisso ao longo da formação.
“Ele faz tênis, isso ajuda a ter um espírito de lutador e de seguir metas”, “ele faz vôlei e com isso aprende a trabalhar em equipe”, “ele frequenta aulas de idiomas, isto o prepara para falar com o mundo”, etc.
Quantas pessoas você conhece que tem o mais alto nível de formação em inglês, passou 15 anos em uma escola e na hora de abrir a boca para falar, simplesmente não fala, não é capaz de formar uma única frase.
Ele não teve oportunidade de exercer de fato a sua competência de liderança, de arcar com conseqüências de escolhas erradas, de celebrar as escolhas certas. De analisar e pensar estrategicamente em algo significativo diferente de como mentir ou esconder uma nota baixa.
Ele passará no vestibular, obterá uma graduação de renome. Mas, será que apenas isto é suficiente para que ele se posicione frente a um grupo de executivos, a frente de um grupo de acionistas, que ele seja capaz de formar uma equipe e conduzi-la ao sucesso?
Será o suficiente para que ao final de um dia ele sinta que está cumprindo um papel e que está de fato fazendo a diferença no mundo?
Que liderança este jovem irá praticar em sua vida adulta e quem estará lá para ampará-lo quando precisar se erguer de um tombo se ele não puder fazer isso sozinho?

25 maio, 2009

A Ratoeira


Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o fazendeiro e sua esposa abrindo um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado.
Correu ao pátio da fazenda advertindo a todos.
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa! A galinha, disse:
- Desculpe-me Senhor Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse:
- Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!
- Desculpe-me Senhor Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranqüilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse:
- O que Senhor Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não!
Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do fazendeiro.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando sua vítima. A mulher do fazendeiro correu para ver o que havia caído na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia prendido a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O fazendeiro a levou imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre. Todo mundo sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha.
O fazendeiro pegou seu cutelo (pequeno facão) e foi providenciar o ingrediente principal. Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o fazendeiro matou o porco.
A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral.
O fazendeiro então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
Na próxima vez que você ouvir dizer que alguém está diante de um problema e acreditar que o problema não lhe diz respeito, lembre-se que, quando há uma ratoeira na casa, toda a fazenda corre risco.

03 abril, 2009

Como administrar esse ruído?

Monique Edelstein

Seja você o líder ou o integrante de uma equipe pensa que sua equipe não vai chegar onde você quer, ou, ao ouvir a meta, sabe que não será alcançada.
Então estamos combinados, o líder finge que lidera e a equipe finge que é liderada!? É esse o cenário que observamos hoje na maioria das organizações?
Em alguma parte do caminho deixamos de lado a preocupação de nos fazer entender, e esquecemos que nem todo mundo pensa como nós, que existem pessoas com percepções e compreensões diferentes, e que a leitura que cada um faz é particular e impregnada de filtros que comprometem a compreensão imediata. Observa-se então que um dos primeiros passos de eliminação dos ruídos é a comunicação clara e transparente.
O líder que pretende de fato ter suas metas alcançadas deve buscar o entendimento absoluto da realidade de sua organização e é com suas equipes que ele obterá tal entendimento. Temos então outro passo que é a integração da liderança com as equipes, o envolvimento entre todos os participantes da Jornada.
Se há algum integrante desta equipe que pretende deliberadamente sabotar os planos, é de se imaginar que não há um alinhamento quanto aos propósitos e valores neste grupo. Mais uma vez encontramos outra prática, que é a de conhecer cada um dos meus gestores, estabelecer alinhamento não apenas quanto às metas, mas principalmente quanto aos valores praticados dentro desta organização. O mesmo pode se aplicar quando imaginamos que um adulto responsável deva ser coagido, forçado a fazer o seu melhor!!
Manter em sua equipe um gestor que crê que as decisões venham da liderança é estimular a acomodação, é aceitar que um profissional graduado apenas responda a um comando, que este profissional aceite que sua equipe aja desta mesma forma. Temos então, uma equipe acomodada, que não se mobilizará para o crescimento e desenvolvimento, nem seu nem do negócio. Um líder que aceita em suas equipes um profissional acomodado pagará a conta.
O artigo que mais falta hoje nas organizações é a comunicação. Não estou falando de emails, memorandos e atas de reunião, estou falando de comunicar uma idéia e esta ser compreendida por todos os envolvidos.
Reflita rapidamente quando foi a última vez que algo que você falou foi perfeitamente compreendido e o resultado foi exatamente aquele que você esperava.
Quantas vezes você tem ouvido: “Eu não compreendi desta forma.”
Quantas vezes você saiu de uma reunião se perguntando: “Do que se tratava?”

08 março, 2009

Pra frente é que se anda...

Monique Edelstein

O meu sentimento é de impotência, de que sou pequena para fazer uma grande diferença, mas, pra frente é que se anda, então, vou fazendo pequenas diferenças...
O meu sentimento é de vergonha, de que vivo em um país lindo, talvez o mais lindo do mundo, mas deixo que o destruam e faço quase nada, mas, pra frente é que se anda, então, vou usando sacola reciclável, produzindo pouco lixo, não dando propina para o guarda, sendo responsável e tentando ser correta...

O meu sentimento é de asfixia, de que a cada dia que passa mais tarefas ou responsabilidades vão caindo no meu colo e que eu não vou dar conta de tudo, mas, pra frente é que se anda, então, eu vou fazendo o que dá, e às vezes, subo à superfície para respirar um ar fresco e essa superfície são meus amigos, meus sobrinhos, minha pequena, mas muito amada família.

O meu sentimento é de pavor, pavor de não atender às expectativas que depositaram em mim, pavor de errar, pavor de não ser boa o bastante, um monte de pavores, mas, pra frente é que se anda, então eu vou enfrentando um pavor de cada vez. Se não sei a resposta, vou buscar, se não sei o caminho pergunto, se não atendi expectativas, vou rever o contrato.

O meu sentimento é de isolamento, de que a cada dia que passa estamos mais distantes de outros seres humanos, que como eu, também se sentem isolados, segregados, separados, mas, pra frente é que se anda, então, eu vou me colocando a disposição, vou insistindo em manter por perto pessoas que me são caras, vou garantindo que pessoas que me procurem se sintam ouvidas e amparadas de verdade...

Meu sentimento é de incompreensão, de não ser compreendida e de muitas vezes não compreender os outros, mas, pra frente é que se anda, então eu vou tomando cuidado com o que digo e a forma como digo e confirmando se fui compreendida e não desistindo de alguém até que tenha de fato compreendido o que me foi dito...

Meu sentimento é de ansiedade de querer abraçar o mundo, de querer estar em todo o lugar, de querer fazer tudo que acho legal, e não conseguir fazer quase nada, de não ter tempo ou grana para fazer tudo o que sonho, mas, pra frente é que se anda, então eu vou abraçando o que está ao meu alcance, viajo quando é possível para onde é viável, tomando o cuidado de manter meus sonhos todos eles bem acordados e por perto. Nunca se sabe quando a oportunidade vai aparecer...

Meu sentimento é de felicidade plena, felicidade porque eu tenho bênçãos em minha vida, porque eu tenho vontade, porque a cada dia minha caixa de lápis de cor ganhas novas nuances, novos tons e a cada dia que eu acordo, vejo a possibilidade de naquele dia ir além do que já fui e chegar onde nunca estive.

Pra frente é que se anda sim. A estrada que se construiu atrás de mim, foi construída com cada um destes sentimentos e tantos outros e é cada um destes sentimentos que me cutucam a cada manhã a sair da cama e caminhar para frente para construir, realizar, plantar, colher, ser feliz e realizar meus sonhos.

Quem me inspirou a este texto foi a Marli Gonçalves com o seu projeto
colheitadesentimentos@gmail.com.
Acesse o endereço e mande o seu sentimento para ela também.
Qual o seu sentimento?

02 março, 2009

O besouro tem tudo para dar errado

Monique Edelstein

Será que o besouro é surdo? Será que ele tem audição seletiva e escolhe não ouvir o que não lhe ajuda?
Se você olhar tecnicamente, o besouro não tem a menor estrutura para ser um voador. Sua carapaça é pesada e grande, suas asas pequenas e aparentemente frágeis, sua forma pode ser tudo menos aerodinâmica, mas, quem foi que se esqueceu de avisá-lo sobre tudo isso?
Ele simplesmente abre sua carapaça, bate suas asas e sai voando, e se bater em algo, e daí? Ele começa de novo e chega onde quer, obtém o que foi buscar.
O que o besouro faz diferente de nós que temos tudo o que precisamos para obter o que desejamos e que se não tivermos, podemos tratar de desenvolver?
Com certeza você conhece a história de pessoas que tinham tudo para dar errado e que “surpreenderam” realizando muito mais do que se imaginava possível.
Seriam estas pessoas feitas de um material especial e diferenciado? Pois afirmo, não são não, são feitos do mesmo material que todos os demais, são tão seres humanos como outros.
O que diferencia estas pessoas é que elas acreditam em seu poder realizador e que seus sonhos são importantes o bastante para serem levados a sério.
O que os diferencia é a força de vontade de enfrentar desafios que muitas vezes nem são encarados como desafios e sim como apenas uma nova etapa.
Enquanto eu encarar cada desafio como maior do que meu poder de superá-lo, vou desprender energia desnecessariamente, energia esta que seria muito mais útil em outro momento. Mas não, eu fico em frente ao obstáculo desperdiçando um tempo precioso em lamúrias, suposições, delírios, nada que de fato se preste à solução.
Mais curioso ainda é que eu prefiro ouvir aqueles que me desencorajam, que me desestimulam, que insistem em apontar somente os pontos negativos e dificuldades, do que ouvir aqueles que acreditam em buscar algo mais, que acreditam que todo sonho é atingível. Eu ESCOLHO não ouvir estes.
Experimente por uma semana pegar emprestados os ouvidos de um besouro, ouça o que lhe serve para a construção, considere menos aos palpites de pouca confiança e pouca credibilidade.
Tente bater suas asas e observe aonde pode chegar, qual a distância que pode voar, mas tenha certeza de que sua carapaça aguenta o tombo e cuide para não cair de costas.
Tomando certos cuidados, avaliando certos riscos, com certeza poderá chegar mais longe!

24 fevereiro, 2009

O que guarda dentro de ti?

Monique Edelstein

Hoje me surpreendi com uma revelação que me fez refletir sobre pessoas que são como um lago de águas calmas, porém profundas e outras como um oceano.
Quando vistos de longe, estes lagos inspiram tranqüilidade, serenidade, paz, reflexão e quietude.
Conhecer este lago já é outra história, quem sabe o que há lá em baixo. Quem já se aventurou e voltou para contar, que mistérios estão guardados lá onde nem a luz pode alcançar, que tesouros estão escondidos, que verdades foram enterradas e que medos estão aprisionados?
Já outras pessoas me parecem o Oceano Pacífico que de pacífico tem muito pouco. Águas sempre revoltas, ondas enormes, barulhento, golfinhos saltam revelando parte dos mistérios, baleias gigantes atravessam milhas para se alimentarem e para ter seus filhotes. Revelam-se na clareza de suas águas, na pouca profundidade de alguns pontos e muitos se aventuram, muitos contam o que viram - muito se sabe do que há lá em baixo - convidam à exploração.
Assim são as pessoas. O que vemos muitas vezes é apenas a superfície, algumas marolas, uma ou outra folhagem boiando, mas é lá em baixo, um pouco mais no fundo, que segredos, conhecimentos, experiências, tesouros e a história de suas vidas estão armazenados, onde ninguém pode ver. Ou então, está mostrando, convidando à visita, deixando à mostra o que há para ser visto.
Quanto tempo nos dedicamos a compreender de fato o que está guardado e quanto cuidado tomamos nesta exploração?
E em nossas águas, onde estão nossos lagos e onde estão nossos oceanos?
Privamo-nos e a outros de nossas riquezas deixando-as mergulhadas num fundo inexplorável e não possível de ser vivido. Que possibilidades estamos abrindo mão de viver e de compartilhar?
Nossas águas nos revelam outras vezes nos ocultam, outras ainda nos disfarçam.
Por que escolhemos o que mostrar e o que guardar? Qual é o critério determinante dessa escolha?
E o medo que temos de nos afogar nas partes mais escuras que nos impede de mergulhar e buscar pelo que está lá, à nossa espera, para ser vivido: uma lembrança doída, uma saudade funda, um amor guardado, um sonho sufocado?
Por quais águas estamos navegando? Por qual água cada um está navegando?

Por que nos tempos escuros se escreve com tinta invisível? (Neruda – O Livro das perguntas)

Monique Edelstein

Ai Neruda, essas suas perguntas!!!
Justo quando estamos com mais medo de ir em frente é que recuamos mais, justo quando precisamos falar o que deve ser dito, nos calamos, justo quando a dor é insuportável, seguramos o grito!!
Na hora de falar a verdade usamos de subterfúgios, na hora da dor, disfarçamos de alegria, na hora de sermos nós mesmos, nos escondemos na máscara de algum personagem que um dia nos disseram que era o nosso papel e nós aceitamos.
Por que será tão difícil usar a tinta que qualquer um poderia ler, por que é tão difícil sermos transparentes e claros quanto ao que vai em nossos corações e cabeças?
E o mais incrível é que depois questionamos o porquê de ninguém compreender o que queremos. Ainda nos perguntamos por que será que ninguém nos entende, “Não é possível, eu tenho que fazer tudo sozinho mesmo!!!”
Naturalmente tememos expor nosso eu mais frágil, temos receio de que ao pedir por ajuda nos transformemos em reféns, em pessoas fracas. Justo na hora que mais precisamos desta ajuda nos boicotamos, apenas para doer um pouco mais.
Dá muito trabalho sustentar uma pose, sustentar uma condição que não é natural, mas mesmo assim, teimamos, batemos cabeça, até que chega um momento que o inevitável surge. Cedo ou tarde, a máscara cai e então, muito sem jeito e sem prática, não há alternativa que a de não ser claro, e então, como uma represa cuja comporta se rompeu, uma enxurrada de falas desconexas, sentimentos misturados, emoções confusas são lançadas em direção àquele que abriu as comportas, sem nem mesmo se dar conta disso.
E a tinta deixa de ser transparente para ser espessa por demais. É preciso refinar a tinta, filtrar, tirar os grumos que se formaram para então podermos escrever clara e legivelmente o que desejamos.
Será que temos medo de ser felizes? Será que a possibilidade de uma vida realizada é tão assustadora assim?
Mesmo infelizes insistimos em continuar a escrever em tinta invisível apenas para continuarmos infelizes.
É duro admitir, eu sei, mas... de que cor está a sua tinta?

16 fevereiro, 2009

Será a felicidade tão exigente assim?

Monique Edelstein

O que você precisa para ser feliz? Ser mais rico, ser mais bonito, ser mais instruído?
O que você precisa para se dar conta de que já possui o necessário para ser feliz?
Eu tinha uma garrafa de Moet, guardada para uma ocasião especial, e sempre que olhava para a garrafa algo me vinha como razão para esperar mais um pouco.
Esperar mais o que??? O que me aguardava o dia de amanhã, o que ele me traria que valesse mais a pena do que aquele momento onde eu estava com pessoas queridas, todos saudáveis, um dia de sol maravilhoso, cachorro para um lado, crianças para o outro. Naquele momento nada podia me fazer sentir mais alegria. Então, alguém decidiu, vamos a Moet!!! E lá fomos, e eu posso garantir que aquela hora foi a hora.
O que nos impede de nos crermos felizes é que exigimos demais desta Senhora Felicidade, que exige tão pouco de nós.
Parece que nunca a merecemos, que passa ao nosso lado, que não nos enxerga.
Enquanto você espera por uma razão para encontrar com a Felicidade ela está lá, cansada de esperar que você a chame para compartilhar com você a sua vida.
Um cheiro bom, uma comida gostosa, o som da risada de uma criança, o seu cachorro lhe esperando em casa, o preparativo para uma viagem tão esperada, um filme com as amigas, um cobertor gostoso com o seu amor.
Levantar-se de sua cama e poder escolher viver um dia feliz, escolher dar bom dia com um sorriso no rosto, deixar que o carro ao lado entre na sua frente, pequenas atitudes que podem modificar tudo ao seu redor.
Chame a Felicidade para a sua vida que ela vem! Ela não é assim tão exigente.
A felicidade é simples, ela não precisa de fogos de artifício, não precisa de vestido de gala. (Já tive momentos muito felizes de chinelos).
Não é ser uma Polyana, mas ser alguém que acredita na possibilidade de que pode sim atuar sobre a própria vida construindo um ambiente em torno de si onde se possa valer a pena viver.
Olhar o outro lado da dor, da dúvida, tudo tem pelo menos dois lados, algumas coisas tem até mais do que dois. E quem sabe não é lá outro lado que está a Felicidade brincando de esconde- esconde conosco só pra arrancar um sorriso de nossos lábios.
Tenha a coragem de assumir que você pode ser feliz sim e que depende muito mais de você se permitir.
Agora me diga: O que te faz feliz? O que acalma seu coração? Que música toca na sua alma?
O que você está esperando para ouvir esta música?

Os papéis que vivemos

Monique Edelstein

Mesmo antes de nascer nosso papel dentro da família começa a ser definido.
O time que iremos torcer, a profissão que desenvolveremos, o que receberemos de nossos pais que eles não receberam dos pais deles, como seremos educados, com quem andaremos, seremos amigos de quem. Se formos o primeiro filho, sonhos são depositados sobre nossas vidas, dependendo se for menino ou menina, cada um destes sonhos pode assumir uma proporção diferente.
O fato é: nosso papel é determinado antes mesmo que possamos realizar nossa primeira respiração.
Se é de nosso agrado ou não, isso pouco influencia, uma vez que “criança não tem querer” e nossos pais sabem “o que é o melhor para nós”. Fazem isso com a melhor das boas intenções. E então, aceitamos o papel e vivemos nossas vidas muitas vezes dentro de um sapato que machuca o pé.
Quando na idade adulta, permanecemos aceitando papeis que nos são oferecidos porque é o que se espera de nós.
Se nos rebelamos e decidimos que algo deve mudar porque não está OK, enfrentamos resistências ferrenhas de todos os lados. Isso ocorre porque, uma vez que mudamos nossos caminhos, nossos comportamentos, nossas respostas ao mundo, aqueles que conosco convivem precisam repensar os seus papeis também, e, na maioria das vezes, um ou outro não está disposto a mudar, está confortável em seu papel, apenas obedecendo, apenas indo com a maré.
A mudança é muitas vezes um caminho sem volta. O lugar antigo não me atrai mais, eu sinto que não caibo mais naquele molde. É como se a pele tivesse ficado pequena e eu tivesse que rasgar e jogá-la fora.
É preciso coragem, força de vontade, disciplina, atenção a todos os sinais que devem ser observados, a tentação de não desagradar pessoas queridas, a tentação de não ter que assumir a responsabilidade de minhas escolhas, o conforto de ter a quem culpar.
Uma vez me disseram, “Eu descobri que precisava de um chefe para ter a quem culpar!”
Pois é, hoje esse corajoso e dedicado empresário vive a glória de ter encontrado seu caminho, de se responsabilizar por suas decisões e de se congratular pelos seus sucessos. O papel que ele representava não mais existe, dando espaço a uma vida mais criativa e rica de experiências boas, algumas nem tanto, faz parte do jogo. Mas ele está feliz. Muito feliz.
Eu lhe pergunto: no papel que você está vivendo, em qual capítulo é que o sentimento de gratificação e satisfação começarão a aparecer?
Há garantia de que irão aparecer? Quem será o culpado no caso de que o roteiro previsto não se apresente?
O que você pode fazer agora para garantir que esse momento chegará à sua vida?

08 fevereiro, 2009

Muito obrigado! Ah! Não foi nada!

Monique Edelstein

Quanta educação não é mesmo?
Alguém nos pede algo, fazemos e ao recebermos um agradecimento, disparamos um “Imagina, não foi nada!!!”
Cada um tem qualidades únicas, talentos particulares, habilidades individuais e por cada uma dessas características somos reconhecidos.
Uma vez que eu reconheça não ter habilidade para realizar algo e saiba que um colega é tremendamente habilidoso, que o que eu levaria horas para solucionar, ele surge com a resposta em minutos, e resposta de qualidade, significa que reconheço no outro a capacidade e reconheço em mim a não capacidade para tal. Afinal, somos seres humanos e como tal, incompletos, (creio ser bem aqui que reside a beleza das relações humanas, embora às vezes seja um tantinho difícil de superar) busco então, minha complementaridade no outro.
Desde pequenos fomos “educados” a não fazer alarde sobre o que somos, sobre o que fazemos bem, sobre nossas qualidades, e então, quando adultos, temos que demonstrar essas qualidades, elaborar cartas de apresentação, Currículos fabulosos, falar de nossos feitos, de nossas realizações, exibirmos nossas melhores habilidades e competências.
Para aplacarmos o “feio” sentimento de exibicionismo, nos esmeramos na apresentação e fechamos com um humilde “Imagina, foi fácil!”
Pensa então o outro: “Foi fácil para você, eu não tenho a menor idéia de como chegar a isso!”.
Resta então um sentimento amargo para ambos. Observe: você se esforçou sim, a solução que você apresentou levou anos de seu desenvolvimento para chegar a este ponto e ao outro, assume que não houve esforço seu. Ao solicitante, uma sensação de derrota, de incompetência, “nem o meu agradecimento vale”!
Pense bem, o que é fácil para você pode ser perturbador para seu colega, e vice-versa.
Receber agradecimentos e reconhecimento é uma arte que na vida adulta precisamos reaprender, precisamos compreender que ser reconhecido e aceitar de coração aberto só faz aumentar nossa satisfação em realizar aquilo que gostamos e fazemos bem. Além do que permite ao outro uma porta sempre aberta por onde trocas podem ocorrer sem temores.
As relações humanas são isso, são trocas constantes. Dizia Platão que os seres humanos são incompletos e que precisam encontrar sua outra parte.

Nossos julgamentos nos distraem da verdade

Monique Edelstein

Quantas vezes já nos pegamos como que espanando de nossas idéias e pensamentos algumas verdades por crer que não serão compreendidas ou mesmo aceitas?
Quantas vezes buscamos por justificativas de comportamentos e atitudes para adaptar as respostas recebidas à nossa imobilidade?
Quantas vezes, mesmo sabendo que o caminho a ser desenvolvido é um, concordamos com outro, por medo de assumirmos nossas verdades?
Quantas vezes ocultamos nossas verdades por julgarmos que o Universo ao nosso entorno não entenderia ou aceitaria nossas propostas. O que não fazemos apenas com as nossas propostas, muitas vezes já elevamos nossas vozes para dizer: “Você ta maluco! Isso nunca vai acontecer!” ou então, “Imagina só se isso pode dar certo nessa empresa!”, ou ainda, em pensamento: “Eu é que não vou abrir a minha boca!” para logo em seguida, alguém surgir com a mesma solução e ela ser prontamente aceita pelo grupo com alvoroço. (Como você se sente nesse momento?)
Nossos julgamentos são isso, uma grande armadilha no processo de desenvolvimento de nossas vidas, são os filtros que construímos ao longo do tempo e que nos refreiam por razões inexplicáveis, e, quando olhamos para traz o que vemos é um trilho de oportunidade perdidas.
Então, garantimos para nós mesmos que da próxima vez será diferente. Qual nada, voltamos a montar nossas próprias armadilhas. Definitivamente não precisamos de nenhuma ajuda para essa tarefa.
Para as verdades alheias então, temos um caminhão de explicações e justificativas. Sempre julgando saber mais, o que é melhor para todos, que, neste caso seria, não mexer no frágil castelo de cartas marcadas.
Por que impedimos o processo da busca do novo, de encontrar alternativas, de sair da caixa, de correr riscos?
O que nos faz julgar que a ação é certa ou errada? Quanto medo eu tenho de acertar?
Dizem que nosso maior medo é o de brilhar, que o que nos assusta é assumirmos nosso papel frente ao mundo. Que medo é esse?
O nosso julgamento está a serviço da nossa evolução ou da nossa paralisia?

01 fevereiro, 2009

Sua carreira é um cheque ao portador?

Monique Edelstein

Algumas frases caem em nosso colo e traduzem claramente horas de conversa. Almoçando com uma querida amiga, ouvi: “Meus amigos me dizem que eu faço o que aparecer, é como um cheque ao portador”, o que para ela está perfeitamente OK. Ela está muito feliz e satisfeita, por razões que apenas a ela interessam.
Então, como uma avalanche, me lembrei das inúmeras vezes que ouvi “O que eu estou fazendo aqui?”, “Como vim parar aqui?”, “Onde eu estava com a cabeça quando aceitei esse desafio?”, “Fui estudar isso porque meu pai é um grande profissional desta área!”, “Um dia eu vou fazer o que eu gosto, mas agora não dá.” E por aí afora.
Tenho certeza de que seja como emissor ou como ouvinte, estas e outras frases já povoaram seus pensamentos. Certamente estas pessoas não estão felizes com tal situação.
Então eu lhe pergunto: Sua carreira é um cheque ao portador?
Você já se perguntou qual objetivo está buscando? Há alguma chance de que você esteja correndo por uma trilha que o levará a um destino diferente daquele que você busca? Ou ainda, você está nadando, nadando e tem a sensação de que vai morrer na praia, que a cada dia, o seu objetivo parece mais distante?
Todo seu esforço tem atendido aos objetivos de quem? Quem é o portador dos seus resultados? E estes resultados são os que você buscou?
O movimento natural do ser humano é atender às expectativas externas, seguir a carreira do pai, ingressar em um segmento do momento, etc. Poucas vezes pensamos em fazer aquilo que gostamos mesmo que não seja a “tradição”, isso assusta, causa estranheza entre aqueles que nos cercam e que se preocupam com “garantia de futuro”. Crescemos ouvindo que trabalho é obrigação, que a vida de um adulto é cheia de obrigações, que diversão não enche barriga, que você não tem que gostar, tem que trabalhar.
A questão é que fazemos bem aquilo que nos propomos, mas fazemos melhor ainda aquilo que gostamos, aquilo que acelera nosso coração, aquilo que nos divertimos fazendo, que faz nossos olhos brilharem. Quando acontece o casamento entre o que eu faço com o que eu gosto, o sucesso é inevitável, o caminho para o resultado é claro, não há obstáculo capaz de nos deter, eles simplesmente parecem não existir, e se existem, são menores do que a vontade de chegar lá.
Pegue sua folha de cheque e leia o que está escrito na linha “pagar à”. Caso não seja o seu nome escrito em letras maiúsculas reflita e decida. Faça sua escolha, esteja consciente de que foi você quem decidiu o nome do portador.

Ligado no 220 w sem disjuntor

Monique Edelstein

Ao ler este título você pensou em alguém que conhece?
É uma verdadeira montanha russa. Hora o sujeito tem muita energia, às vezes dispersa um pouco, mas realiza, demanda, delega, ajuda ou atrapalha, empolgante, inspirador, uma verdadeira máquina de fazer. É o primeiro a assumir novas tarefas, sempre acumulando projetos, fazendo de tudo um pouco, entende de tudo, resolve o problema de todo mundo, não desliga o celular, está sempre conectado. Para ele não tem hora, não tem fim de semana... nem para ele nem para sua equipe!
De repente, o transformador explode e então vem a ressaca. Começa a lamentação de que ninguém atende sua demanda, ninguém consegue fazer como ele, todos são tão demorados que ele tem que cobrar a toda hora pelos resultados que demoram a chegar.
A produção despenca, sua energia se transforma de ação em lamúrias. Isso quando não psicossomatiza, gerando afastamento por doença, stress sem controle.
O equilíbrio entre ação e descanso é um disjuntor, o respeito às diferenças individuais é outro, o autoconhecimento mais um, o respeito a si mesmo e seus limites outro.
Um líder com este perfil impede o livre andamento de sua equipe, o desenvolvimento destes profissionais, que não encontram espaço para atuar e acabam por se acomodar, descansando enquanto seu líder trabalha ou ainda desistindo de fazer parte desta equipe por não verem possibilidade de crescimento.
Ser um ou conviver com um “220 sem disjuntor” pode ser cansativo.
Se você se identificou com a descrição acima, observe a qualidade do relacionamento que você desenvolve com seus colegas no trabalho, com seus amigos, com sua família.
Quais as razões que o levam a estar sempre em busca de mais atribuições? Mesmo que inconscientemente, o que você busca alcançar?
Você está feliz e saudável com essa escolha? E suas próprias necessidades, em que lugar estão nas suas listas de tarefas?
O que você vem usando como disjuntor? Onde está buscando renovar suas energias?
Você pode atender às demandas, desde que sua vida esteja em equilíbrio, desde que isso não lhe traga um fardo, que seja por prazer de fazer. Não há nada que você não possa, apenas lembre-se de que para que continue fazendo, é preciso que esteja em condições emocionais e físicas para a ação.
Você está em condições emocionais e físicas para a ação? Pode ficar melhor?

26 janeiro, 2009

Propósito da vida

Monique Edelstein

Buckminster Fuller diz que o propósito da vida é acrescentar valor à vida das pessoas desta geração e das seguintes.
Nossa vida afeta de maneira positiva ou não a vida de todos aqueles que convivem diretamente conosco e de forma indireta à mais inúmeras outras pessoas.
Se eu não colocar a minha peça no tabuleiro do jogo,alguém vai colocar a dele.
Que talentos ando desperdiçando? O que eu tenho de único que poderia estar oferecendo, mas me escondo atrás de justificativas que efetivamente não constroem nada?
Vamos lá, eu sei que você tem, todos temos! Ache a sua peça e traga-a agora para o tabuleiro do jogo da vida.
Aquele que imagina que pode prever 100% do que irá acontecer corre o sério risco de ser surpreendido. Você só pode saber o que irá acontecer de fato, quando estiver lá.
Imagine que você pega a mesma estrada todas as semanas, sente-se seguro, confortável, confiante, sabe cada curva, cada sinalização, um dia, de repente, sem aviso algum, um buraco se abriu no asfalto e sua estrada não é mais a mesma. E agora, o que fazer? Como prosseguir a viagem?
Podemos fazer uma previsão aproximada, ter a certeza é apenas uma bela e adequada desculpa para que o primeiro passo não seja dado.
O autoconhecimento é peça chave para que estejamos aptos a lidar com imprevistos. Tudo o que você precisa saber já esta dentro de você, basta que você tome consciência e então, terá o leme em suas mãos, deixando de ser um seguidor e se transformando em um condutor.
Diz Marianne Williamson: "O nosso maior medo não é não sermos bons o bastante. Nosso maior medo é sermos fortes além da medida. É a nossa luz, não a nossa escuridão, que nos assusta. Nós nos perguntamos quem somos para ser brilhante, belo, talentoso e notável? Na verdade, quem você não é para ser assim? Você é filho de Deus. Bancar o pequeno não ajuda o mundo em nada. Não há nada dignificante no ato de se diminuir para que os outros não se sintam mal à sua volta. Nascemos para manifestar a glória de Deus presente em nós. Ela não está apenas em alguns, está em todos nós. E, ao deixarmos a nossa própria luz brilhar, damos permissão inconscientemente às outras pessoas para fazer o mesmo. No momento que nos libertamos do nosso próprio medo, a nossa presença liberta automaticamente outras pessoas”.

Tempo

Monique Edelstein

Sêneca diz: “Certos momentos nos são tomados, outros, nos são furtados e outros ainda se perdem no vento. Mas a coisa mais lamentável é perder tempo por negligência”, “Enquanto adiamos, a vida se vai”, “Por isso me indigno com aqueles que desperdiçam com coisas supérfluas a maior parte desse tempo que já não é suficiente para as coisas necessárias”, “O valor da vida não está em sua duração, mas no uso que dela pode ser feito”, “Faço isso de modo que cada dia seja para mim a vida toda”. Poderia continuar suas falas, mas creio que basta para o início desta reflexão.
TEMPO: o mais democrático de todos os recursos. Todos temos 24 horas para viver em um dia, não há diferença entre raças, credos ou classe social. Temos as mesmas 24 horas. O que fazemos com elas é que irá nos diferenciar.
Como vamos viver cada um dos minutos depende de tantas variáveis, algumas controláveis e outras não, que podemos nos perder entre elas e, infelizmente, é o que acaba por acontecer com a maioria de nós.
A vida vem me exigindo algumas despedidas, que me deixam profundamente triste, mas, por outro lado, me fazem ter ainda mais vontade de tornar a minha vida algo relevante.
Não sei até quando poderei exercer o meu direito de fazer algo relevante, então, que seja feito a cada minuto, a cada dia, a partir de já.
Em 1851, no teto do Panthéon de Paris, foi fixado um Pendulo de Foucault. A idéia é demonstrar o movimento de rotação da Terra em relação a um referencial. Ele não para. A Terra não para seu movimento de rotação.
Quando me vi a frente deste Pendulo tive que admitir que minhas desculpas não fariam a Terra parar de girar, o tempo parar de correr e que se eu quisesse, de fato, ter a certeza de que a minha existência valeu, qualquer que fosse a minha ação deveria se iniciar imediatamente.
Que planos você vem fazendo? O que está lhe faltando para ir em frente e agir? O que é preciso acontecer ainda para que os seus sonhos comecem a sair da idéia e comecem a se tornar realidade?
Não nascemos com um marcador que avisa que nosso tempo está se esgotando. Não tem aviso prévio, não tem prova de recuperação, não em acordo.
O que será da sua existência cabe somente a você determinar. A escolha é sua. Quando sua vida vai começar? Quando sua vida começará a fazer a diferença na vida de outras pessoas?